Certa tarde, dei por mim a falar com as minhas amigas sobre a nossa vida. Eu disse: "Não gostava nada que a minha vida fosse como o mar. Sempre igual à primeira vista." A minha amiga Francisca contradisse-me: "Eu cá não gostava que a minha vida fosse como a areia, ela é sempre igual e não tem muitos altos e baixos. É uma 'seca'." A minha prima Leonor disse assim: "Pois olhem, eu adorava que a minha vida fosse como o vento. Ela vai e vem, anda ás voltas como uma montanha russa". No fim disto um silêncio de morte apoderou-se de nós. Foram os 5 minutos mais longos da minha vida. Pensei em tudo e ao mesmo tempo não pensei em nada. Parecia que se tinha apagado tudo da minha cabeça.
Acabámos por concluir que a nossa vida é como é, quer seja ela o mar, o vento ou a areia, e nada ou ninguém a pode mudar.
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Praia da Nazaré |
Isto passou-se numa tarde de Páscoa.
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